quinta-feira, 10 de junho de 2010

Os políticos brasileiros e a sanções ao Irã

Recentemente, após a ONU aprovar sanções contra o Irã por seu programa nuclear, o chanceler Celso Amorim disse:
"Nós não acreditamos em sanções"
Claro...e como foi a reação da diplomacia brasileira à deposição de Manuel Zelaya em Honduras mesmo? Eles não queriam nem reconhecer presidente eleito...

Amorim ainda teve a ignorância de falar:
"Mais provável que [as sanções] tenham efeito negativo [sobre a continuidade do programa nuclear iraniano]"
Isso é o cúmulo da falta de conhecimento de evidências. Alguém já viu evidências de que piores condições econômicas melhoram a posição do governo incumbente? Eu já vi várias contrárias...e, como feito de vez em quando aqui no blog, uma lista de referências sobre o tema segue o texto.

Eu não sei porque, mais eu ainda me surpreendo com a dupla face da diplomacia brasileira atual: para os governantes de esquerda, tudo vale (inclusive abrir os nomes de votações e perseguir opositores), para os de direita, nada vale.

Referências:
Daron Acemoglu, Simon Johnson, James A. Robinson, Pierre Yared, "Income and Democracy", AER 98(3)
Markus Brückner, Antonio Ciccone, "Rainfall and the Democratic Window of Opportunity", Working Paper
Jeffrey DeSimone, Courtney LaFountain, "Still the Economy, Stupid: Economic Voting in the 2004 Election", NBER Working Paper 13549

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